Pons, Louis
França, 1927 - 2021
Louis Pons nasceu em Marselha em 1927. Vivendo numa certa pobreza e sofrendo de tuberculose, Pons ingressou num sanatório aos 21 anos. Permaneceu aí mais de um ano. Depois disso, viveu no campo, no entanto nunca manteve um emprego durante muito tempo, fosse ele qual fosse. Dedicou-se à prática artística. Começou pela caricatura para jornais, ou seja, o desenho. Fez esta escolha por sobriedade (financeira) e liberdade (de movimentos). Embora Louis Pons tenha aprendido a sua arte longe das academias ou das escolas, Hércules Seghers, Rodolphe Bresdin, Louis Soutter e Wols (Alfred Otto Wolfgang Schulze) foram quatro artistas que Louis Pons reconheceu como seus mestres. Durante a década de 1960, Louis Pons sofria de um grave problema ocular, associado a enxaquecas. Foi obrigado a abandonar o desenho, uma prática que exigia muita concentração e sobrecarregava a sua visão. Os desenhos de Pons limitavam-se então às imagens adornadas em envelopes ou cartas que enviava aos seus entes queridos e que, muitas vezes, narravam as aventuras de um pássaro ou de um rato chamado “Snop”. Louis Pons passou a concentrar-se em assemblages. Talvez tenha sido no atelier do artista — estabelecido quando a sua situação financeira lhe permitiu estabelecer-se num local permanente — que nasceu a ideia das assembleias: no atelier de Louis Pons — uma alegre confusão — as coisas juntavam-se e montavam-se; o artista ajudava na reconciliação ou na improvável união entre ambos. Em 1972, a companheira de Louis Pons faleceu. Mudou-se para Paris no ano seguinte, onde continuou a dedicar-se à assemblage.